NÃO FALE EM CRISE, TRABALHE 16 HORAS POR DIA E 80 POR SEMANA
Agosto 2016
Amigos e amigas, sabe quem vai pagar o PATO depois dessa “novela” para afastar a presidenta Dilma? VOCÊ, EU, NOSSAS FAMÍLIAS, enfim, todo o povo trabalhador desse país.
Com o processo de impeachment finalizado, Michel Temer, mesmo ainda sendo ilegítimo, agora é presidente definitivo, quem ganha com isso são os empresários e a classe política, uma vez que a corrupção já não mais está sendo combatida como antes e as reformas trabalhistas e da previdência estão prestes a serem aprovadas.
O governo federal golpista estuda a adoção de 80 horas semanais de jornada para o trabalhador brasileiro. Pela proposta, a jornada dos trabalhadores subiria de 8 horas atuais para 16 horas diárias. Portanto, um retorno à época da escravidão no Brasil.

O que os trabalhadores querem e precisam é andar para frente, não retroceder na história. Neste sentido, aproveitamos a oportunidade para reafirmar nossa bandeira pelo redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem redução de salários;
A adoção de uma jornada de 80 horas semanais, por outro lado, causará um atraso social, cultural e econômico, submetendo a classe trabalhadora a condições desumanas afetando (1) sua saúde e qualidade de vida; (2) sua possibilidade de escolaridade e conhecimento; (3) reduzindo seu tempo de vida social e cultural.
Com essa reforma trabalhista, podemos imaginar algumas outras situações absurdas – isso porque o que for acordado diretamente entre trabalhador e patrão valerá mais do que os acordos coletivos, ou seja, já era todo e qualquer direito trabalhista conquistado pelos sindicatos. Por exemplo: se a lei determina que as férias são de 30 dias, mas o dono de uma grande empresa disser aos funcionários que aceitem férias de 15 dias ou, do contrário, serão demitidos, é bem provável que as férias passarão a ter apenas 15 dias.
Uma hora de almoço pode ser transformada em apenas meia hora. O 13° salário pode deixar de ser pago em determinado ano sob alegação de dificuldades financeiras. E por ai vai. Com o tempo, os direitos trabalhistas vão acabar. A carteira de trabalho vai ser peça de museu.
O SEAAC conclama à classe trabalhadora para que se mantenham alertas, vigilantes e mobilizados para a luta contra o retrocesso neoliberal neste difícil momento da vida nacional, marcada por uma brutal ofensiva dos capitalistas contra o direito do trabalho, a democracia e a soberania nacional.
Precisamos enxergar além do que se vê – o problema do Brasil é muito mais grave do que apenas mudar um presidente ou culpar um partido. Só uma reforma política profunda poderá nos dar reais esperanças de ver esse país voltar aos trilhos!
Conte com o Seaac nessa luta! O que depender de nós, as 80 horas semanais e as reformas Trabalhista e da Previdência não passarão!